astronomia
Resenha crítica - Extraterrestres: Onde eles estão e como a ciência vai encontrá-los
10:45:00 PM
Título original: Extraterrestres: Onde eles estão e como a ciência vai encontrá-los
Outor: Salvador Nogueira
Editora: Abril
Ano: 2014
Outor: Salvador Nogueira
Editora: Abril
Ano: 2014
"Nossa galáxia tem pelo menos 100 bilhões de estrelas (embora há quem diga que ela tem até quatro vezes mais que isso). Entre elas, são pelo menos 20 bilhões de astros parecidos com o Sol. Se 22% deles têm um mundo potencialmente habitável, do tipo terrestre, estamos falando de 4,4 bilhões de planetas aptos ao surgimento da vida. Isso só na nossa galáxia. Agora considere a probabilidade de você acertar os números da Mega Sena. Apostando em seis dezenas, a chance de acertar tudo é de uma em 50 milhões. Agora imagine que a chance de um planeta habitável de fato desenvolver vida seja igualmente improvável. Ainda assim, teríamos 23 mundos habitados, só na Via Láctea.
Se extrapolarmos para o total de galáxias existentes no Universo observável, estima-se, grosseiramente, em 100 bilhões, temos aí 2,3 trilhões de biosferas no cosmos. E isso supondo que a possibilidade de a vida surgir seja tão pequena quanto a de ganharmos na Mega Sena. A maioria dos cientistas que estudam o assunto tende a crer que o surgimento de formas biológicas seja bem mais corriqueiro que isso."
O livro "Extraterrestres: Onde eles estão e como a ciência vai encontrá-los" é um estudo de como a ciência se desenvolveu ao longo da história e de como ela lida com a dúvida mais contundente do meio científico-astronômico: "Estamos sozinhos no universo?"
Uma pergunta assustadora, pois como o próprio escritor Arthur C. Clarcke observa, ambas as respostas para esta pergunta são perturbadoras. O que nos deixa em uma piscina de angústia tão grande quanto a nossa própria curiosidade de sabermos a verdade para esta pergunta.
Salvador inicia sua obra contando ao leitor como a ciência astronômica evoluiu através da história. Visita os principais personagens dessa evolução em passagens rápidas e concisas, destacando a contribuição de cada um desses "gênios" para a astronomia moderna e como suas teorias e conclusões ajudaram a formularmos teorias e leis sobre diversos fenômenos que ocorrem em nosso universo. Da mais tímida e pequena contribuição até a maior e mais contundente teoria, a obra de Salvador mostra como cada pequena peça desse quebra-cabeças foi se juntando e formando o arcabouço científico que temos hoje.
O escritor faz essa pequena introdução da linha histórica do pensamento científico para então embarcar nas teorias e pensamentos sobre as chances, formas e condições para a vida em outros planetas.
A obra segue seus capítulos de forma bem humorada e em uma linguagem simples e descomplicada para todo tipo de leitor. Escrita de forma a chamar a atenção e prender o leitor entre as linhas do texto, Nogueira mistura ciência e diversão em uma boa conversa com o leitor, o chamando a pensar e a participar de sua linha de raciocínio.
Tratando a ciência de forma menos ortodoxa e com uma linguagem acessível e criativa, o autor expande o alcance de sua obra de forma a atingir um público que não faz parte do meio científico, mas que cultiva curiosidades inerentes a todo ser humano e tem necessidade de saber. Nogueira faz aqui ciência para não cientistas de forma eficiente e agradável, juntando a boa escrita com o conhecimento da ciência e, para isso, se vale de elementos textuais que favorecem a interação do narrador com o leitor, como a metalinguagem, mais presente nos capítulos que tratam dos estudos de formas de vida alienígenas, e de uso de palavras mais comuns e acessíveis ao grande público, evitando jargões científicos rebuscados e também complexas teorias de presença comum nos livros científicos da área.
Um livro recomendado para aqueles que querem saber mais, mas não querem aprofundar nos mistérios da ciência descritiva através da deduções de fórmulas e eventos matemáticos, químicos e biológicos. A obra de Nogueira não vai fundo em nenhum dos seus temas propostos, visto que essa não é sua verdadeira intensão, e por isso é um trabalho que descreve, historicamente, eventos e temas comuns à ciência mas de maneira simples, direta e completamente resumidos.
O escritor faz essa pequena introdução da linha histórica do pensamento científico para então embarcar nas teorias e pensamentos sobre as chances, formas e condições para a vida em outros planetas.
A obra segue seus capítulos de forma bem humorada e em uma linguagem simples e descomplicada para todo tipo de leitor. Escrita de forma a chamar a atenção e prender o leitor entre as linhas do texto, Nogueira mistura ciência e diversão em uma boa conversa com o leitor, o chamando a pensar e a participar de sua linha de raciocínio.
Tratando a ciência de forma menos ortodoxa e com uma linguagem acessível e criativa, o autor expande o alcance de sua obra de forma a atingir um público que não faz parte do meio científico, mas que cultiva curiosidades inerentes a todo ser humano e tem necessidade de saber. Nogueira faz aqui ciência para não cientistas de forma eficiente e agradável, juntando a boa escrita com o conhecimento da ciência e, para isso, se vale de elementos textuais que favorecem a interação do narrador com o leitor, como a metalinguagem, mais presente nos capítulos que tratam dos estudos de formas de vida alienígenas, e de uso de palavras mais comuns e acessíveis ao grande público, evitando jargões científicos rebuscados e também complexas teorias de presença comum nos livros científicos da área.
Um livro recomendado para aqueles que querem saber mais, mas não querem aprofundar nos mistérios da ciência descritiva através da deduções de fórmulas e eventos matemáticos, químicos e biológicos. A obra de Nogueira não vai fundo em nenhum dos seus temas propostos, visto que essa não é sua verdadeira intensão, e por isso é um trabalho que descreve, historicamente, eventos e temas comuns à ciência mas de maneira simples, direta e completamente resumidos.
Salvador Nogueira nasceu em São Paulo - SP em 1979 e escreve para o Blog "Mensageiro Sideral" da Folha de São Paulo. É sócio-fundador da Associação Aeroespacial Brasileira e ainda espera que o Brasil leve algo ao espaço com veículo lançador próprio. Enquanto isso, torce para que a humanidade volte à Lua e faça uma visita a Marte durante seu tempo de vida. É jornalista de ciência e autor de nove livros, dentre os quais “Extraterrestres”, “Rumo ao Infinito”, “Conexão Wright-Santos-Dumont” e dois volumes da Coleção Explorando o Ensino (MEC), sobre astronomia e astronáutica.
Se você gostou dessa crítica, comente, compartilhe, curta.
Boa leitura
Se você gostou dessa crítica, comente, compartilhe, curta.
Boa leitura