Resenha crítica: O Anjo
7:57:00 PMTítulo: O Anjo
Autor: Ricardo Reys
Editora: Verve
Ano: 2013
"Há sete deles. São os melhores, os mais completos, os mais mortíferos. Todos com nomes de anjos, todos juízes do céu e do inferno, que punem com a morte aqueles que a paz ameaçam. E numa fria manhã no Canadá, Anjo Gabriel vê-se obrigado a deixar a filha, que acabou de conhecer, bem como a vida de pai que acabara de abraçar, a fim de partir na mais perigosa missão que já lhe foi dada. Justamente aquela que ele nunca conseguiu completar."
O Anjo, do escritor brasileiro Ricardo Reys, é um suspense interessante e intrigante. Seu estilo de linguagem formal e a opção pela coordenação da orações favorece o clima de suspense, cada vez mais presente e coeso à medida em que a história se desenrola e o leitor se situa no universo particular criado pelo autor.
A narração é direta e rápida, favorecendo a dinâmica entre as personagens e há pouco espaço para descrições de ambientes e detalhes exagerados, deixando essa função para a mente imaginativa do leitor.
Há uma mescla bem sucedida entre a ação e a dinâmica narrativa através da quase imperceptível presença da terceira pessoa, deixando toda a missão de contar a história nos dos diálogos e interações entre as personagens.
As sequencias de ação são bem elaboradas e mantêm um ritmo frenético que favorece a narrativa e contribui para a criação de um clima de urgência e perigo.
Bem construída também é a maneira com que o passado de seus personagens é revelado, em doses homeopáticas e diluída na história, a fim de criar um mosaico de informações que se juntam quase que gravitalmente em torno do personagem para integrar a construção de seu passado e revelando suas motivações e anseios. Esse método de construção é importante e imprescindível para que o leitor crie uma empatia com seus personagens, mais especificamente o personagem principal, e passe a realmente temer por sua segurança e seu futuro, embora tal seja descrito quase como um intocável.
As sequencias de ação são bem elaboradas e mantêm um ritmo frenético que favorece a narrativa e contribui para a criação de um clima de urgência e perigo.
Bem construída também é a maneira com que o passado de seus personagens é revelado, em doses homeopáticas e diluída na história, a fim de criar um mosaico de informações que se juntam quase que gravitalmente em torno do personagem para integrar a construção de seu passado e revelando suas motivações e anseios. Esse método de construção é importante e imprescindível para que o leitor crie uma empatia com seus personagens, mais especificamente o personagem principal, e passe a realmente temer por sua segurança e seu futuro, embora tal seja descrito quase como um intocável.
"Herdeiro da nostálgica tradição de mão dupla entre cinema e literatura, O Anjo de Ricardo Reys encontra soluções surpreendentes ou peculiares para os desafios de uma narrativa de ação contemporânea. Ricardo Reys é um autor jovem, ambicioso e em busca do novo dialogando com os mestres do texto, do roteiro e das telas.Cabe a você julgar o intrincado da trama, as reviravoltas, os paroxismos e o estilo de O Anjo. Seja qual for o veredito, estamos condenados à ação e ao entretenimento"
Ricardo Labuto Gondim
Autor de “Deus no labirinto” e “B” (Editora Baluarte)"O Anjo", de Ricardo Reys, é um livro robusto e bem trabalhado. O bom leitor irá reconhecer suas boas técnicas e a dedicação do autor por detrás das linhas de seu romance. É uma obra que vale ser lida e re-lida e ter na prateleira.
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